"Nasci numa família onde não existia incentivos para leituras, minha mãe analfabeta, meu pai fez até a 2ª série do ensino primário, mas sabe ler, escrever muito bem, porém sempre que eu trazia atividades para casa e pedia ajuda ele respondia com uma frase muito desestimuladora: você vai ficar burra igual a sua mãe. Ao ouvir isso eu chorava muito e pedia a Deus que me ajudasse a aprender a ler.
A professora via o meu interesse e dedicação e quando aprendi a ler, ela me convidava a ler na sala, recitar poemas no dia dos pais e foi a minha referência. Depois que aprendi a ler não podia ver uma placa, revistas, gibis, livros, tudo que continha letras chamava a minha atenção. Meu pai foi vendo o meu interesse e sem comentar nada comprava revistas semanais, gibis e os romances de Sabrina e Júlia. Depois de le-los trocava com as colegas, não parando o círculo de leitura. Agora entendo que indiretamente foi o meu pai quem me empurrou para o mundo da leitura. Na faculdade passei a gostar dos clássicos da literatura.
Hoje continuo lendo graças a Deus e tenho certeza que incentivo meus filhos e meus alunos."
ROSINETE JUSTINO - CURSISTA
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