"Poderia dizer que meus contatos com a leitura partiu de meu pai, quando o via entre livros, ou mesmo quando contava seus conhecidos causos, coisas de interioranos, participávamos, eu, meus irmãos e às vezes, um grupo maior.
Já com cinco anos via minha irmã mais velha brincar de escola com suas colegas, usando a porta da cozinha como quadro e giz, geralmente, "restos" das aulas da escola que frequentavam. Eu no entanto, por ser mais nova que o grupo, não me permitiam brincar, ficava sempre a observar.
Via quando a lição de casa da "professora" começava pela família das palavras, formando palavras... E pelas minhas observações, fui notando, quase que naturalmente, o sistema alfabético. Não demorou muito e comecei a ler.
Lembro-me de uma viagem ao interior com a minha mãe e meu irmão, quando ele, todo orgulhoso, eu tinha aproximadamente seis anos, me mandou ler a marca de uma caminhonete para provar ao nosso primo que eu já sabia ler. Empolgada, disse com todas as letras CHEVROLLETE, não sabia que se tratava de uma palavra estrangeira.
Viagem como esta se repetia todos os anos na época das férias. Lembro-me também que fazia leituras junto com minha prima Luciana, de textos encontrados em livros didáticos, o que não faltava, pois suas irmãs mais velhas eram professoras.
Lia por prazer, lia por ler, e nunca mais parei.
Hoje costumo dizer que antes de se tornar um leitor, pense, pois sei que vicia, no entanto, não há contra- indicações.
Fiz o curso de letras e continuo sempre lendo, para mim, para meus filhos, para meus alunos e para quem quiser."
ROSINEIDE DE LIMA CURSISTA - ESC LUIS RODOLFO.
Nenhum comentário:
Postar um comentário